Ataque no Instituto Adventista de Manaus, escola particular localizada no bairro Cachoeirinha, na zona sul de Manaus, deixou quatro feridos na tarde desta segunda-feira (10). Testemunhas relataram que um aluno de 12 anos feriu uma professora e três colegas de classe com uma faca. Policiais militares e civis foram acionados para o local.
O adolescente relatou aos policiais que sofria bullying na escola.
Segundo a conselheira tutelar Kiky Anjos, o adolescente afirmou que planejou matar pessoas na escola. Ele foi levado para Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI ).
Um aluno identificado como Bruno disse que o autor do ataque estava na sala de aula quando puxou a faca da bolsa. “Ele levantou os braços e falou assim: ‘olá, querida. Cheguei’. Ele sentou no lugar, levantou e saiu correndo. A professora também saiu correndo, ele foi atras pra tentar bater nela, aí pularam em cima dele”, disse o estudante.
O sargento da Rocam (Ronda Cândido Mariano) Elizandro Silva afirmou à reportagem que quatro pessoas ficaram feridas. Segundo ele, o adolescente realizou o ataque com um cutelo (modelo de faca) ferindo as vítimas, mas logo foi contido. O adolescente relatou à polícia que em sua bolsa tinha outros materiais que seriam usados para o ataque. Na bolsa dele havia 3 coquetéis molotov.
Ainda segundo o sargento, o aluno já era monitorado pela escola por apresentar comportamento suspeito. Quando ele começou o ataque, os alunos correram e o imobilizaram.
O adolescente relatou aos policiais que sofria bullying na escola.
As vítimas tiveram ferimentos leves e logo foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Comitê
O governador Wilson Lima afirmou que irá publicar um decreto instituindo um comitê permanente, envolvendo diversas secretarias e que será responsável por monitorar ameaças e propor medidas para coibir novos ataques.
“Ele irá funcionar até que possamos conter as ameaças e tenhamos diretrizes e protocolos definidos”, afirmou. O grupo fará análise de postagens na internet e haverá um canal específico para denúncias.
De acordo com Lima, apesar de o ataque ter ocorrido na rede privada, o governo do Estado está buscando formas de incrementar a segurança e dar suporte. “Entramos em contato com a escola para mostrar o que estamos fazendo com a rede pública e ajudarmos se assim desejarem”, afirmou.
O governador afirmou que o momento inspira cuidado e que todos devem estar em estado de alerta. “Essa história da violência na escola sempre existiu. Mas não na proporção de hoje”, disse.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas afirmou que foi acionada por volta das 13h desta segunda “para atender a uma ocorrência em uma unidade de ensino privada envolvendo um aluno portando armas brancas e coquetel molotov”.
Ainda de acordo com a pasta, três pessoas, sendo dois alunos e uma professora, tiveram ferimentos superficiais e foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O Colégio
O Colégio Adventista de Manaus fez uma postagem em suas redes sociais no qual informa que “acionou as autoridades competentes e foi prestado todo o atendimento médico aos dois estudantes e à funcionária atingida, que passam bem”.
“Lamentamos profundamente o ocorrido, e nos solidarizamos com as vítimas e familiares, dando todo o apoio. Estamos fornecendo as informações necessárias às autoridades. Neste momento, as medidas administrativas em relação ao agressor estão sendo adotadas. A Educação Adventista preza pelo respeito à vida, repudia todo tipo de violência e ressalta sua preocupação com a harmonia e o bem-estar dos alunos”, finaliza a nota publicada pelo colégio.
Com informação da CNN e Amazonas Atual
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