Foto: Divulgação/FVS
MANAUS/AM - A estiagem no Amazonas reacende o alerta para acidentes com arraias, devido ao baixo nível das águas. Nos últimos cinco anos, 833 casos foram contabilizados no estado, conforme divulgou a Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas - Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), nesta quinta-feira (8).
Conforme a FVS, os acidentes geralmente acontecem quando as pessoas pisam no dorso do animal, que introduz o ferrão na vítima. As áreas mais afetadas são os pés, tornozelos e pernas. Na estiagem, a redução do nível das águas pode elevar o risco de contato com esses animais, que costumam se deslocar para áreas mais rasas e pouco profundas. Por isso, é importante estar atento às mudanças no ambiente natural, alertou a Fundação.
"Durante a estiagem, a diminuição do volume de água faz com que arraias se concentrem em áreas mais acessíveis, aumentando o risco de acidentes. É essencial que a população esteja ciente das precauções necessárias para minimizar os riscos e garantir a segurança", destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
De acordo com Elder Figueira, diretor de vigilância ambiental da FVS-RCP, a prevenção a esse tipo de acidente é um desafio já que a água dos rios faz parte do cotidiano de amazonenses ribeirinhos.
“A arraia é um animal que se camufla com a aparência do fundo do rio. Durante a estiagem, em que as pessoas acessam áreas, que costumeiramente ficam submersas, o ideal é redobrar os cuidados e manter a movimentação cuidadosa em áreas de água rasa, arrastando o pé no fundo do rio, pois o contato faz com que a arraia se desloque para outro local”, disse Elder.
A FVS orienta que ao ocorrer o acidente, é preciso lavar o local da picada da arraia com água morna, não usar remédios caseiros ou fazer torniquetes, e buscar imediatamente por atendimento médico no serviço de saúde mais próximo para evitar sequelas graves.
Notificações
O acidente envolvendo arraias não é de notificação compulsória (obrigatória), mas a FVS-RCP identificou casos registrados, pelas secretarias municipais de saúde, que demonstram a ocorrência desse tipo de acidentes em, pelo menos, 40 municípios do Amazonas de 2019 a 2023.
*Com informações da Secom
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