Com prejuízo a plantações, perda de casas e aumento de doenças, a cheia dos rios amazônicos já mostra seus efeitos neste ano. Relatório da Defesa Civil do Amazonas datado desta segunda-feira (25) contabiliza 43 municípios do estado em situação de alerta, dentre eles, Manaus.
Municipio de Eirunepé
Outros nove estão em ‘atenção’ e seis já se encontram em emergência. O órgão soma ainda quase 100 mil pessoas (96.344) afetadas pelo fenômeno desde janeiro, em um total de 24.086 famílias no Estado.
“O primeiro estado é o de atenção, quando enviamos um informativo aos municípios para que mantenham os dados atualizados e já articulem com as secretarias um plano de ação para poder atuar, caso haja o desastre. Na situação de alerta já é possível que alguns municípios estejam sofrendo com inundações em algumas áreas e a possibilidade de uma enchente se configurar é maior”, explica o chefe do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) da Defesa Civil do Amazonas, Charlis Barroso.
Uma das maiores cheias
No Rio Negro, um dos principais afluentes do Amazonas, e que banha Manaus, a previsão é que a cota máxima chegue a 29,04 metros. Se esse número for alcançado, será uma das maiores cheias já registradas no estado.
No ano passado, quando houve a enchente histórica, o afluente atingiu 30,04 metros. Até ontem, a medição marcava 28,56 metros, segundo o Porto de Manaus.
“Desde o final do ano passado nós já tínhamos um prognóstico de que poderíamos ter uma enchente, e 43 municípios em alerta é um número bem expressivo. Caso se mantenha esse nível e a alta dos rios nas cabeceiras, pode ser que esses 43 municípios declarem emergência e se unam aos outros seis que já estão nesse estado, totalizando 49”, comenta Barroso.
|