Maior controle de fiscalização, flexibilização de prazos, ajustes tributários, além de fatores micro e macroeconômicos, têm mantido a arrecadação em ascensão no Amazonas.
O estado registrou a segunda alta consecutiva na arrecadação tributária deste ano, apesar das dificuldades geradas pela pandemia da Covid-19.
O setor industrial foi o único que acumulou sucessivas altas em relação ao ano passado
As ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-AM) para amenizar o avanço da crise econômica, permitiram o avanço da arrecadação, mesmo com o cenário de aumento de gastos com pessoal, em especial nas áreas de saúde e segurança pública.
Alta quadrimestral de 5,34%
Mesmo com as quedas na receita tributária de janeiro (1,89%) e fevereiro (4,51%), meses de maiores restrições devido à segunda onda do novo coronavírus no estado, a arrecadação avançou em março (8,01%) e abril (22,93%).
Na comparação quadrimestral, a alta em relação ao ano passado foi de 5,34%.
A análise comparativa é feita em números reais, isto é, considerando a desvalorização monetária relativa ao período, que é a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
De acordo com o secretário de Fazenda, Alex Del Giglio, a previsão para o mês de maio é ainda mais animadora.
“Como em maio do ano passado tivemos a maior retração de toda a pandemia, com 20% a menos de receita tributária, neste ano estamos esperando uma alta nominal de cerca de 50% na arrecadação de impostos no mês de maio”, declarou Del Giglio.
Indústria puxa alta
A alta na arrecadação de tributos estaduais, em 2021, teve a indústria como principal responsável. O setor industrial foi o único que acumulou sucessivas altas em relação ao ano passado.
Na comparação mês a mês, foram 23% de alta em janeiro, 4% em fevereiro, 17% em março e 36% em abril, acumulando um crescimento de 19% no primeiro quadrimestre.
O setor de comércio amargou quedas nos três primeiros meses do ano (11% em janeiro, 16% em fevereiro e 1% em março) e se recuperou em abril (13%), sempre em comparação com o mesmo período de 2021.
No acumulado do primeiro quadrimestre, o setor comercial apresentou decréscimo de 5%, mas a expectativa é de ampla recuperação, principalmente, com o grande movimento registrado nos centros comerciais por causa do dia das mães.
E o setor de serviços teve queda em janeiro (6%) e altas em fevereiro (4%), março (7%) e abril (30%), com crescimento acumulado de 7% nos quatro primeiros meses do ano.
De acordo com o secretário executivo da Receita, Dario Paim, a alta na receita tributária puxada pela indústria se deve em especial ao aumento da demanda pela importação de insumos para a fabricação de eletroeletrônicos, grande destaque da indústria nestes tempos de maiores restrições sociais.
Com informações da assessoria da Sefaz
Fotos: Divulgação
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