O governador Wilson Lima realizou, nesta segunda-feira (04/03), a entrega de mais quatro Terminais Fluviais no Amazonas, desta vez para atender quatro comunidades indígenas de reservas sustentáveis. O objetivo é melhorar o embarque e desembarque de turistas nessas áreas, auxiliando no desenvolvimento econômico por meio do incentivo ao turismo.
Foto: Diego Peres e Alex Pazuello / Secom
Foram beneficiadas com as estruturas fluviais, construídas pela Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), as comunidades indígenas Cipiá e Tatuyo, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga da Conquista, e Tuyuka e Diakuru, na RDS do Tupé. Os terminais fluviais serão administrados pelos próprios comunitários. Ao todo, 24 famílias dessas áreas serão beneficiadas, alcançando cerca de 120 moradores
Esse é o segundo projeto do Governo do Estado para dotar comunidades com infraestrutura portuária. Desde 2021, o governador Wilson Lima entregou outros 31 terminais flutuantes, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), totalizando mais de R$ 40,1 milhões em investimentos. Com as quatro comunidades contempladas hoje, chegam a 35 o número de estruturas fluviais entregues.
“Essa estrutura que nós estamos colocando vai ser importante para o turismo, vai ser importante também para o embarque e desembarque de carga, para dar segurança a quem está lá para garantir o direito que é básico de ir e vir do cidadão. Essas são ações que dão dignidade para essas comunidades”, destacou Wilson Lima.
A solenidade de entrega aconteceu no Pier do Uiara Amazon, localizado na avenida Coronel Teixeira, 370 – Ponta Negra, próximo à Marina do Davi, na zona oeste. Estiveram presentes o vice-governador Tadeu de Souza, e outros gestores do Estado; os deputados estaduais Daniel Almeida, Thiago Abrahim e Rozenha; e o senador Plínio Valério, autor da emenda parlamentar que deu origem à entrega.
“Essas comunidades indígenas aqui estão trabalhando muito com o turismo, porque grande parte deles já está conscientizada de que é melhor trabalhar com o turismo do que deixar desmatar. E a gente quer que com esse trabalho, juntamente com o Governo do Estado“, afirmou Plínio Valério.
Segurança no transporte
A iniciativa pioneira da atual gestão foi pensada como opção de abrigo e suporte para a população ribeirinha, que perdia a produção, como farinha, mandioca e outros insumos, diante da exposição ao sol e à chuva enquanto aguardavam embarcações para transportar a carga. Com os terminais flutuantes, há mais segurança no transporte de mercadorias e passageiros, além de ser um importante meio para a geração de emprego e renda.
“É muito precioso para comunidades. Como a gente trabalha com a área do turismo, sempre temos uma passarela assim, mas feita de madeira. É um perigo para turista para desembarcar. Com essa ajuda que o governador está fazendo, é muito importante. Com essa balsa, a gente vai melhorar muito”, disse o cacique Pinõ Tuyuka, da comunidade que existe há mais de 20 anos e recebe, em média, 400 turistas por mês.
A assinatura da Ordem de Serviço para execução da Obra de Construção dos quatro terminais fluviais ocorreu em setembro de 2023, com investimento de R$ 336,9 mil, sendo R$ 20 mil de contrapartida estadual e R$ 316,9 mil de repasse do Ministério do Turismo.
Cada estrutura entregue possui área de 42 metros quadrados, além de sinalizador náutico em LED com painel solar, cobertura com telha ecológica, estrutura metálica moderna, entre outros itens que garantem conforto, acessibilidade, sustentabilidade e segurança aos usuários.
Plano de Ordenamento Turístico
A iniciativa faz parte do Plano de Ordenamento Turístico (POT) do Governo do Amazonas, que começou a ser executado nas comunidades indígenas comunidades indígenas Tatuyo, Cipiá, Tuyuka e Diakuru, em julho de 2022, por meio da criação de um Grupo de Trabalho composto por órgãos da administração pública estadual e municipal para ordenar a atividade turística.
Integram a iniciativa, além da Amazonastur, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam), Fundação Municipal de Cultura, Eventos e Turismo (Manauscult).
Os locais inseridos possuem como principal fonte de renda a prática da atividade turística, como a apresentação de danças culturais; de trilhas; de plantas medicinais; focos de animais; comidas típicas; artesanato; pernoite com intercâmbio cultural; contação de histórias pelo cacique e anciões; pintura corporal com grafismo indígena, banho de rio; e fotos com comunidade caracterizada.
Com informação da Agência Amazonas
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