Por Dulce Maria Rodriguez
O Senado analisa um projeto (PL 2.694/2021) do senador Plínio Valério (PSDB-AM) que determina a isenção de taxas e cobranças feitas à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Embora, graças as pesquiças da estatal e parceiros, em grande parte, hoje a agropecuária do Brasil é uma das mais eficientes e sustentáveis do planeta a empresa passa por uma grave crise financeira, o que dificulta o pagamento exigido por órgãos reguladores, de acordo com o autor da proposta.
A Embrapa esta focada na geração de conhecimento e tecnologia para agropecuária brasileira. Foto: divulgação
O agronegócio é hoje a principal locomotiva da economia brasileira. Segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em 2020 o segmento alcançou participação de 26,6% no Produto Interno Bruto brasileiro, contra 20,5% em 2019. Em 1970, a participação do agro no PIB era de 7,5%. O avanço do setor é evidente quando se compara o crescimento da produção em relação à área ocupada pelo agribusiness.
As exportações do agronegócio brasileiro devem alcançar US$ 120 bilhões neste ano – 20% a mais do que em 2020 e recorde histórico – e contribuir com saldo positivo de pelo menos US$ 100 bilhões na balança comercial.
Modelo de agricultura
A Embrapa foi criada em 26 de abril de 1973 e é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde sua criação assumiram o desafio: desenvolver, em conjunto com seus parceiros do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), um modelo de agricultura e pecuária tropical genuinamente brasileiro, superando as barreiras que limitavam a produção de alimentos, fibras e energia no País.
Esse esforço ajudou a transformar o Brasil de uma condição de importador de alimentos básicos para a condição de um dos maiores produtores e exportadores mundiais.
Hoje a agropecuária é uma das mais eficientes e sustentáveis do planeta. Incorporaram uma larga área de terras degradadas dos cerrados aos sistemas produtivos. Uma região que atualmente é responsável por quase 50% da produção de grãos. Quadruplicou a oferta de carne bovina e suína e ampliaram em 22 vezes a oferta de frango. Essas são algumas das conquistas que tiraram o Brasil da importação de alimentos.
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