Durante a sessão plenária desta quarta-feira (1º/9), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (PV), leu o documento de admissibilidade da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia, proposta pelo deputado Sinésio Campos (PT).
A falta de energia está ocasionando perdas econômicas e graves transtornos para a população. Foto: Evandro Seixas
“Comunico-lhes que nesta manhã proferi a decisão de admissibilidade da CPI destinada a investigar a violação dos direitos básicos dos amazonenses na prestação dos serviços públicos da Amazonas Energia”, disse.
"Precisamos dar uma resposta à população que sofre com a ineficiência dessa empresa na prestação de serviço, tanto em Manaus quanto no interior. No final de semana estive em cinco municípios e vi o sofrimento das pessoas sem energia nesse verão”, destacou.
Os cinco membros do colegiado serão definidos de acordo os blocos partidários e informados no início da sessão de amanhã (2/9).
A falta de energia virou rotina
Além de Roberto Cidade e Sinésio Campos, também assinaram o requerimento de instalação da CPI os deputados: Fausto Jr (MDB), João Luiz (Republicanos), Wilker Barreto e Dermilson Chagas (Podemos), Therezinha Ruiz (PSDB) e Serafim Corrêa (PSB).
O presidente da Aleam tem sido um crítico ferrenho da atuação da Amazonas Energia no Estado. No mês de junho, em uma cessão de tempo concedida pelo deputado João Luiz, o vice-presidente da Amazonas Energia, Radyr Oliveira, esteve na Aleam e foi cobrado por Cidade o cumprimento de Leis aprovadas no Parlamento, sobretudo a que proíbe o corte no fornecimento de energia durante a pandemia do coronavírus e também sobre as constantes falta de luz nos municípios.
Sinésio afirmou que a empresa precisa esclarecer “as deficiências existentes na prestação do serviço de energia elétrica no Amazonas, o porquê dos constantes racionamentos, blecautes, apagões, da falta de manutenção das redes elétricas, tanto no interior quanto na capital, que ocasionam, além das perdas econômicas, graves transtornos para a população
Serafim Corrêa disse que Amazonas Energia está “muito folgada” e precisa de “um contravapor”. “Quando essa empresa foi privatizada, o que se esperava é que ela melhorasse o serviço, melhorasse o tratamento, melhorasse o respeito com a população, mas aconteceu tudo ao contrário”, disse o parlamentar.
Para Wilker Barreto, a CPI será o “maior antibiótico” em relação aos problemas no fornecimento de energia elétrica no estado. “Nós temos que usar de todas as ferramentas legais para que a gente possa apurar as consequências, entender a questão do que foi a privatização, se as suas cláusulas estão sendo executadas”, disse o deputado.
Redação com informação da ascom
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