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"Cozinheiros" de droga mexicanos ajudam traficantes europeus a rentabilizar negócio



"Cozinheiros" de droga mexicanos ajudam traficantes europeus a rentabilizar negócio

14/12/2022




Cartéis mexicanos e as redes criminosas da Europa estão a trabalhar em conjunto para trazer metanfetaminas e cocaína da América Latina para o "Velho Continente", mas a colaboração estende-se também à produção de droga, de acordo com o mais recente relatório da Europol.

 

 

Foto: Schneyder Mendoza/AFP

 

A perícia das organizações de tráfico de droga mexicanas está cada vez mais presente na Europa. Esta é a conclusão do mais recente relatório da Europol, em parceria com a agência norte americana Drug Enforcement Administration (DEA), publicado esta quarta-feira.

 

 

Os cartéis mexicanos e as redes criminosas europeias estão de mãos dadas no tráfico e na produção de metanfetaminas e cocaína.

 

 

As autoridades já prenderam especialistas mexicanos - também conhecidos como "cozinheiros" - por estarem a produzir droga em laboratórios europeus. Estes atores são especialmente importantes devido ao conhecimento único que detêm sobre a "arte" de rentabilizar e potencializar as metanfetaminas.

 

 Mas a colaboração entre os grupos criminosos estende-se a diferentes áreas. Existem ainda os corretores, intermediários e prestadores de serviços de branqueamento de capitais.

 

 

Troca entre criminosos

 

Com o título "Complexidades e conveniências no comércio internacional de droga: o envolvimento de agentes criminosos mexicanos no mercado de droga da UE", a publicação resulta de uma troca sistemática e contínua de informações entre as duas agências de combate ao crime.

 

 

"A mais recente Avaliação da Ameaça do Crime Grave e Organizado na UE mostrou que as redes criminosas no continente europeu são cada vez mais internacionais e especializadas - 65% dos grupos são compostos por múltiplas nacionalidades", pode ler-se no relatório.

 

 

Além da exploração do mercado europeu, os cartéis mexicanos utilizam as redes criminosas europeias como intermediário para chegarem aos mercados lucrativos da Ásia e da Oceânia. Esconder a cocaína em blocos de betão térmico e usar jatos privados para o contrabando, a partir dos aeroportos no sul de Itália, são alguns dos exemplos que aparecem no relatório para mostrar a natureza evolutiva destas atividades criminosas.

 

 

Sem a ajuda dos "funcionários corruptos dos setores público e privado", que atuam como facilitadores, a probabilidade de sucesso do tráfico de droga era menor, ressalvam as agências.

 

Cartéis mexicanos na Europa

 

Em solo americano, os cartéis mexicanos têm um historial antigo no que diz respeito ao tráfico e à violência que provocam para obterem controlo sobre o território que operam. "A presença dos cartéis mexicanos na Europa pode também resultar num aumento dos lucros, bem como num aumento da violência no continente".

 

 

Apesar de não haver indícios de um mercado de fentanil a funcionar na Europa, a descoberta de instalações de produção do opioide levanta preocupações sobre o desenvolvimento de um mercado europeia da droga sintética, que pode ser 50 vezes mais potente que a heroína.

 

 

Com informação do Jornal de Notícias

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