
Foto: Divulgacão / UEA
A Fipo Biopellet, startup da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que transforma caroços de frutos amazônicos em bioplásticos de alta performance, foi a vencedora da categoria Startup Revelação no Jaraqui Graúdo 2025, uma das principais premiações de inovação e tecnologia do estado. A cerimônia ocorreu no dia 9 de dezembro, no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), e reuniu instituições e empresas que contribuem para a bioeconomia regional.
Nascida a partir de pesquisas iniciadas em 2011 na Escola Superior de Tecnologia (EST/UEA), a tecnologia foi idealizada pelos professores doutores Antônio Kieling e Joelson Vieira, que investigavam o reaproveitamento de caroços de frutos amazônicos em compósitos plásticos. A pesquisa evoluiu, alcançou reconhecimento internacional com publicação científica em 2021 e, ao longo dos anos, deu origem aos biopellets, grânulos produzidos com fibras de tucumã, açaí, cupuaçu, buriti e outros frutos, todos compatíveis com processos industriais.
A estratégia sustentável também transformou a vida de comunidades amazônicas. No Ramal do Mamori, em Careiro Castanho, a Associação Comunitária Santo Antônio passou a fornecer caroços antes descartados, que agora geram renda para 37 famílias e fortalecem práticas ambientais responsáveis. O modelo integra tecnologia, impacto social e conservação da floresta em pé.,
“Receber o Jaraqui Graúdo confirma que a Amazônia é um laboratório vivo de tecnologias de futuro. Para a Fipo Biopellet, o prêmio mostra que transformar resíduos de frutos amazônicos em bioplásticos de alta performance é estratégico para o desenvolvimento sustentável e para gerar renda às comunidades que fornecem esse material. O reconhecimento fortalece o ecossistema do Jaraqui Valley, amplia nossa visibilidade e reforça nosso compromisso com uma bioeconomia que gera riqueza sem destruir a floresta. Agradecemos o apoio da Agência de Inovação (Agin), da Incubadora de Empresas da UEA (InUEA) e do reitor, André Zogahib, fundamentais nessa trajetória”, afirmou o Prof. Dr. Antonio Kieling
Para o reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, o prêmio representa mais um avanço na consolidação da universidade como referência em inovação no estado: “Essa conquista é uma demonstração clara do potencial inovador que nasce dentro da UEA. Ver uma pesquisa acadêmica se transformar em tecnologia capaz de gerar desenvolvimento, sustentabilidade e oportunidades para o interior do Amazonas reforça nossa missão como universidade pública. É um reconhecimento que celebra nosso compromisso com ciência, inovação e impacto social.”
Hoje, capaz de produzir até 20 toneladas mensais, a Fipo Biopellet integra o portfólio da Amazonas Venture Builder e tem se consolidado como um dos melhores exemplos de inovação amazônica. A empresa avança na instalação de novas linhas de produção, amplia o número de frutos utilizados como matéria-prima e expande o fornecimento de biopellets para indústrias interessadas em substituir insumos convencionais por materiais de origem regional. A startup também prepara a entrada em novos segmentos, como componentes automotivos e produtos para construção civil, ampliando o alcance de sua tecnologia no mercado.
Confira mais informações sobre a Fipo Biopellet no site na iniciativa: https://fipobiopellet.com/copo-fipo/.
*Fonte: UEA
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