Seca no AM e dificulta acesso de pescadores e trabalhadores à água potável 

 
Seca no AM e dificulta acesso de pescadores e trabalhadores à água potável 

02/10/2024



Foto: Arquivo

 

Apesar da abundância de recursos hídricos no Amazonas na maior parte do ano, o acesso à água potável tem sido um dos maiores desafios para os pescadores e trabalhadores da região do lago do Puraquequara, em Manaus, durante a seca severa que afeta o Rio Negro em 2024. Os pescadores e donos de estabelecimentos, como restaurantes e mercearias, que funcionam em flutuantes - construção de madeira sustentada por boias que flutuam em rios, estão atuando em uma marina provisória, localizada a 3 km do porto principal do bairro, que hoje está seco, tomado por mato e lama. A mudança, além de impactar no cotidiano dos trabalhadores, também afeta as atividades econômicas exercidas por eles, já que dificulta o acesso de clientes até o local.

 

A marina provisória, organizada pelos próprios trabalhadores da região, foi montada em um dos trechos mais profundos, conhecidos como "poços fundos", cujo o nível das águas mede entre 4 e 7 metros de profundidade, mesmo durante a estiagem. Apesar de distante, o ponto é o mais viável para atracar flutuantes e embarcações.

 

Para conseguir água potável, é preciso ir até a zona urbana de Manaus. Os barqueiros navegam pelos estreitos canais do lago até um ponto onde pequenas embarcações ainda conseguem atracar, depois caminham por um longo trecho até o local onde compram galões de água e fazem todo o mesmo trajeto de volta para revendê-los à comunidade que atualmente vive e trabalha na marina provisória.

 

O lago do Puraquequara não tem medição própria. Ele é formado pelo Rio Negro, que desde o início de setembro secou, em média, cerca de 22 centímetros por dia. Na terça-feira (1º), o nível do rio foi medido em 13,05 metros, 35 centímetros acima da cota mais baixa já registrada em 121 anos de monitoramento, que foi de 12,70 metros.

 

 

Na estiagem, o acesso limitado à água potável tem levado ao aumento do preço do produto, já que o transporte do recurso depende de outros custos logísticos, como o preço do combustível usado para ir até a zona urbana. Segundo José Ribamar, um pescador que trabalha no lago Puraquequara e mora na região, o preço de 1l de água que antes custava em torno de R$ 5, hoje, durante a estiagem, está no valor R$ 8, um aumento de quase 60%.

 

*Fonte: Agência Brasil

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