Foto: Christine Olsson
Nesta segunda-feira (14), o Prêmio Nobel de Economia foi concedido ao turco-americano Daron Acemoglu, e aos britânico-americanos Simon Johnson e James A. Robinson, por suas pesquisas sobre a compreensão das desigualdades e das diferenças de riqueza entre as nações. Os pesquisadores, todos radicados nos Estados Unidos, foram escolhidos “por seus estudos sobre instituições e a maneira como elas afetam a prosperidade”, disse o júri do Nobel em sua declaração.
“Reduzir as enormes diferenças de renda entre os países é um dos maiores desafios de nosso tempo. Os vencedores mostraram a importância das instituições para alcançar esse objetivo”, disse Jakob Svensson, presidente do comitê do prêmio de economia, citado em um comunicado à imprensa.
Ao examinar os diferentes sistemas políticos e econômicos introduzidos pelos colonizadores europeus em todo o mundo, os três homens demonstraram a ligação entre a natureza das instituições políticas e a prosperidade, explicou o júri.
“Sociedades onde o Estado de direito é ruim e as instituições exploram a população não gerarão crescimento ou mudanças positivas”, insistiu o júri do Prêmio Nobel.
Os regimes autoritários “terão mais dificuldade em obter resultados sustentáveis de longo prazo em termos de inovação”, enfatizou o vencedor, Daron Acemoglu, durante uma conversa com a imprensa em Estocolmo, ainda em choque com o prêmio, que ele descreveu como “uma notícia incrível”.
Acemoglu, 57, é especialista em economia política, crescimento e o papel das instituições nas políticas de desenvolvimento, especialmente inovação e desigualdade. Ele possui doutorado em economia pela London School of Economics (LSE), obtido em 1992, e desde 1993 leciona no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, no leste dos Estados Unidos, onde Simon Johnson, 61, também trabalha.
O terceiro vencedor, James A. Robinson, 64, é professor da Universidade de Chicago. Em 2012, ele e Acemoglu foram coautores do livro “Prosperity, power and poverty: why some countries are more successful than others” (Prosperidade, poder e pobreza: por que alguns países são mais bem-sucedidos do que outros).
Nele, os autores enfatizam a necessidade de estruturas políticas e econômicas inclusivas, e o papel das instituições econômicas para garantir o crescimento de longo prazo.
*Fonte: Agência Brasil
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