Estudo realizado pela acadêmica de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Manacapuru, Verônica Monteiro, apontou alta incidência de doenças parasitárias em moradores de áreas vulneráveis do município.
De 340 exames de fezes analisados, 18,8% apresentaram o parasita endolimax nana (ameba), 10% entamoeba histolytica (outro tipo de ameba) e 10% tinham giardíase.
O levantamento foi feito com moradores da área urbana e rural do município, que passaram por exame laboratorial e responderam questionário social, com perguntas sobre tipo de moradia, acesso a saneamento básico e água tratada. O objetivo foi identificar a relação dessas condições com a incidência de infecções parasitárias.
Para chegar aos resultados, os questionários foram aplicados aos moradores quando levavam exames para análise. As amostras foram estudadas pelos métodos de Hoffman e Faust, técnicas laboratoriais usadas para identificar protozoários e outros parasitas intestinais.
A professora do curso de Medicina e orientadora do projeto, Nadielle Castro, explica que o estudo visa ter dados que possam direcionar os agentes públicos para a promoção de ações de saúde e saneamento que contemplem essa parcela da população.
De acordo com Verônica Monteiro, que conduziu o estudo, o que ficou evidenciado nos dados dos exames e questionário social é que as más condições de infraestrutura criam um cenário propício para a transmissão e reincidência dessas doenças. “As infecções parasitárias são um grave problema de saúde pública, pois causam complicações que podem levar a casos graves de anemia, comprometimento no crescimento, diarreias crônicas.”, explica.
A estudante acrescenta que, com intervenções direcionadas e sustentadas, é possível reduzir significativamente a carga dessas infecções e melhorar a qualidade de vida das populações mais vulneráveis.
Incentivo - Segundo a diretora geral da Afya Manacapuru, Karen Ribeiro, a instituição mantém programas de incentivo à pesquisa científica, pois entende a importância de evidências para direcionar avanços na saúde. “Nossos alunos são estimulados a desenvolver, através desses estudos, o pensamento crítico e a formular estratégias que contribuam com a comunidade local”, destaca.
Ela reforça a parceria com a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde de Manacapuru, que cede seus espaços para que os alunos possam desenvolver esses trabalhos. “A nossa contrapartida como instituição é fornecer esses dados para que ações de saúde possam ser direcionadas a quem mais precisa”, conclui.
*Fonte: Acrítica
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