Foto: Arquivo
O Amazonas registrou 656 queimadas em novembro, uma redução de 74,3% em relação ao mês anterior que teve 2.557 focos de queimadas, considerado o segundo pior outubro nos últimos 26 anos. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Já em novembro de 2023 foram registrados 797 focos de queimadas.
Essa é uma desaceleração no fenômeno que assolou o estado nós últimos meses, este ano já é considerado o pior no número de focos de calor desde 1998, quando o Inpe iniciou a série histórica.
O g1 questionou a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) sobre as ações adotadas para combater às queimadas no estado e o que levou essa redução significante entre um mês e outro, mas até o fechamento desta reportagem, não obtivemos resposta.
O Amazonas ainda se encontra em estado de emergência ambiental por conta das queimadas. O problema começou em julho e chegou ao seu ápice nos meses de agosto e setembro, quando uma onda de fumaça atingiu todas as 62 cidades amazonenses. Na época, uma mancha de fogo com cerca de 500 de extensão também chegou a cobrir o estado. A qualidade do ar foi considera ruim ou péssima.
Últimos cinco meses
Nós últimos cinco meses o estado concentrou mais de 24 mil focos de calor se somados, sendo que quatro desses bateram recordes de focos segundo o monitoramento do INPE.
Focos de calor registrados nos últimos cinco meses de 2024:
Julho: 4.241 focos de calor (o pior dos últimos 26 anos);
Agosto: 10.328 focos de calor (o pior dos últimos 26 anos);
Setembro: 6.879 focos de calor (o 3º pior dos últimos 26 anos);
Outubro: 2.557 focos de calor (o 2º pior dos últimos 26 anos);
Novembro: 656 focos.
Para o enfrentamento das queimadas, o Governo do Amazonas lançou a Operação Aceiro 2024 com objetivo combater incêndios em meio ao período de estiagem dos rios. A ação contou com o envio de 60 militares do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). Em agosto o efetivo foi reforçado com o envio de mais 200 militares.
Seca severa
Neste ano o Amazonas também está enfrentou uma seca severa, que contribuiu para piorar o cenário de queimadas, devido a combinação do clima seco e das altas temperaturas. Até este domingo (1º), segundo a Defesa Civil do estado, mais de 850 mil pessoas em todo o estado estão sendo impactadas pelo fenômeno.
Em Manaus, o Rio Negro atingiu 12,11 metros, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição. Esse fenômeno alterou o cenário do Encontro das Águas e levou a prefeitura de Manaus a fechar a Praia da Ponta Negra.
O fenômeno é típico dos rios da região amazônica, em que os níveis oscilam, subindo e descendo, como uma espécie de efeito sanfona. Para o Serviço Geológico do Brasil (SGB), inclusive, a capital amazonense pode sofrer com a seca até dezembro, por conta das chuvas abaixo da média.
*Fonte: G1 AM
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