
Foto: Marcos Santos/USP
Dispositivo central na estratégia de enfrentamento da violência contra a mulher no país, a Central de Atendimento à Mulher — Ligue 180 totalizou, em 2024, 16.451 atendimentos registrados no Amazonas, um aumento de 17% em relação ao ano anterior, quando 14.051 foram computados. No ano passado, houve aumento de 23,7% no número de denúncias no Amazonas, passando de 2.119 em 2023 para 2.622 em 2024. Desse total, 2.413 foram recebidas por telefone e 165 por WhatsApp.
Entre as denúncias no ano passado, 1.585 foram apresentadas pela própria vítima, enquanto 1.035 foram por terceiros. A casa da vítima ainda é o cenário onde mais situações de violência são registradas: 1.085 denúncias tinham este contexto. A residência compartilhada por vítima e suspeito também é local de grande parte das denúncias no Amazonas, com 990 casos.
A violência contra mulheres entre 30 e 34 anos (499 vítimas) representa o maior número de denúncias no recorte por faixa etária. São as mulheres pardas e pretas as vítimas mais frequentes (1.885) e são os esposos(as) e companheiros(as) — ou ex-companheiros(as) — aqueles que mais cometem atos violentos (1.148).
Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o aumento significativo no número de atendimentos realizados pela central reflete a maior confiança da população brasileira, em especial das mulheres, no Ligue 180, que vem recebendo uma série de melhorias desde 2023, com a reestruturação prevista na retomada do Programa Mulher Viver sem Violência (Decreto nº 11.431/2023).
"Temos investido na capacitação das profissionais que realizam o atendimento e o acolhimento das mulheres, tanto para a informação sobre direitos e serviços da rede, como para o correto tratamento e encaminhamento das denúncias aos órgãos competentes, aumentando a confiança no canal. Além disso, temos intensificado as campanhas para ampliar a divulgação do Ligue 180, inclusive o atendimento no WhatsApp", explica a ministra.
*Fonte: Secom/PR
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