Ministério da Saúde amplia tratamento de terapia dupla de HIV no SUS

 
Ministério da Saúde amplia tratamento de terapia dupla de HIV no SUS

22/07/2025



Com o objetivo de ampliar e facilitar o acesso às pessoas que vivem com HIV/aids no Brasil, o Ministério da Saúde atualizou os critérios sobre indicação de uso de terapia dupla no Sistema Único de Saúde (SUS). A Nota Técnica nº 91/2025, publicada recentemente, permite que pacientes que já utilizam dolutegravir (DTG) e lamivudina (3TC), seja em comprimidos separados ou em combinação com outros antirretrovirais, possam passar para a terapia dupla com apenas DTG/3TC em um único comprimido.

 

A substituição pode ser feita independentemente da data de início do tratamento e, nos casos elegíveis, não é necessário que o paciente esteja previamente em uso de DTG+3TC em comprimidos separados. Para realizar a troca, é preciso atender a critérios clínicos específicos, como: idade superior a 40 anos, carga viral indetectável (inferior a 50 cópias/mL), adesão regular, ausência de falha virológica anterior e indicação médica1. A expectativa do Ministério da Saúde é que milhares de pessoas sejam beneficiadas.

 

Na prática, o que muda é que antes os pacientes que poderiam usar DTG/3TC em comprimido único precisavam já ter iniciado esse esquema em comprimidos separados até setembro de 2024, para depois fazer a migração2. Agora, independentemente do esquema de tratamento atual ou da data de início em DTG/3TC, já poderão começar com terapia dupla de dose única diária1, com o medicamento Dovato, desenvolvido pela GSK/ViiV Healthcare3, produzido em parceria com a Farmanguinhos/Fiocruz e distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)4.

 

Atualmente, há cerca de 850 mil pessoas em terapia antirretroviral (Tarv) no Brasil, das quais mais de 190 mil estão em uso de terapia dupla5,6. Em contextos de HIV/AIDS, pacientes portadores do vírus têm um envelhecimento acelerado, o que reforça a importância de um tratamento assertivo o mais rapidamente possível, em busca de um futuro mais saudável.

 

“Este é mais um importante avanço no combate ao HIV no país, um programa que é reconhecido mundialmente e do qual a GSK é uma aliada. Essas mudanças chegaram para simplificar a vida dos pacientes e trazer inúmeros benefícios, como menos medicamentos no seu dia a dia, menos toxicidade no organismo, menores chances de interações com outros remédios, menos efeitos adversos, além da melhora da adesão, que é essencial para o sucesso do tratamento de HIV/Aids”, afirma o infectologista Jucival Fernandes, gerente médico da GSK/ViiV Healthcare.

 

A terapia dupla em HIV é um tratamento que usa dois remédios ao mesmo tempo para controlar o vírus8. “Essa combinação ajuda a diminuir a quantidade de vírus no corpo, melhorar a saúde da pessoa e evitar que o vírus se replique. Uma vez que não há replicação viral e a viremia está suprimida a transmissão do vírus não acontece mais por via sexual, ou seja, se o vírus não é detectado o risco de transmissão por via sexual é zero. É uma forma de tratamento que pode ser recomendada dependendo do caso de cada pessoa, sempre sob orientação médica”, complementa Jucival Fernandes.

 

 Manejo de viremia baixa no tratamento de terapia dupla

 

 O Ministério da Saúde publicou também a Nota Técnica 142/2025, que orienta o manejo do tratamento de pessoas vivendo com HIV/Aids que estejam em uso de terapia dupla e apresentam viremia baixa (carga viral inferior a 500 cópias/ml). As recomendações reforçam a eficácia virológica sustentada da terapia dupla, mostrando que a detecção esporádica de viremia baixa não representa falha virológica e não está necessariamente associada à falha subsequente5.

 

Dados mostram que viremia detectada entre 50 e 200 cópias/mL é menos frequente entre usuários do medicamento 3TC+DTG (4,5%) que pessoas em uso de TDF/3TC + DTG (9,3%)4. Portanto, a terapia dupla pode ser implementada de forma racional e o benefício individual deve considerar fatores como envelhecimento, risco de desenvolver dano renal ou ósseo, presença de comorbidades e/ou polifarmácia5. 

    

Na prática, o que muda é que antes os pacientes que poderiam usar DTG/3TC em comprimido único precisavam já ter iniciado esse esquema em comprimidos separados até setembro de 2024, para depois fazer a migração2. Agora, independentemente do esquema de tratamento atual ou da data de início em DTG/3TC, já poderão começar com terapia dupla de dose única diária1, com o medicamento Dovato, desenvolvido pela GSK/ViiV Healthcare3, produzido em parceria com a Farmanguinhos/Fiocruz e distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)4.

 

Atualmente, há cerca de 850 mil pessoas em terapia antirretroviral (Tarv) no Brasil, das quais mais de 190 mil estão em uso de terapia dupla5,6. Em contextos de HIV/AIDS, pacientes portadores do vírus têm um envelhecimento acelerado, o que reforça a importância de um tratamento assertivo o mais rapidamente possível, em busca de um futuro mais saudável.

 

“Este é mais um importante avanço no combate ao HIV no país, um programa que é reconhecido mundialmente e do qual a GSK é uma aliada. Essas mudanças chegaram para simplificar a vida dos pacientes e trazer inúmeros benefícios, como menos medicamentos no seu dia a dia, menos toxicidade no organismo, menores chances de interações com outros remédios, menos efeitos adversos, além da melhora da adesão, que é essencial para o sucesso do tratamento de HIV/Aids”, afirma o infectologista Jucival Fernandes, gerente médico da GSK/ViiV Healthcare.

 

A terapia dupla em HIV é um tratamento que usa dois remédios ao mesmo tempo para controlar o vírus8. “Essa combinação ajuda a diminuir a quantidade de vírus no corpo, melhorar a saúde da pessoa e evitar que o vírus se replique. Uma vez que não há replicação viral e a viremia está suprimida a transmissão do vírus não acontece mais por via sexual, ou seja, se o vírus não é detectado o risco de transmissão por via sexual é zero. É uma forma de tratamento que pode ser recomendada dependendo do caso de cada pessoa, sempre sob orientação médica”, complementa Jucival Fernandes.

 

 Manejo de viremia baixa no tratamento de terapia dupla

 

 O Ministério da Saúde publicou também a Nota Técnica 142/2025, que orienta o manejo do tratamento de pessoas vivendo com HIV/Aids que estejam em uso de terapia dupla e apresentam viremia baixa (carga viral inferior a 500 cópias/ml). As recomendações reforçam a eficácia virológica sustentada da terapia dupla, mostrando que a detecção esporádica de viremia baixa não representa falha virológica e não está necessariamente associada à falha subsequente5.

 

Dados mostram que viremia detectada entre 50 e 200 cópias/mL é menos frequente entre usuários do medicamento 3TC+DTG (4,5%) que pessoas em uso de TDF/3TC + DTG (9,3%)4. Portanto, a terapia dupla pode ser implementada de forma racional e o benefício individual deve considerar fatores como envelhecimento, risco de desenvolver dano renal ou ósseo, presença de comorbidades e/ou polifarmácia5.      

 

*Fonte: Acrítica

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