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A taxa de desmatamento da Amazônia entre agosto de 2023 e julho de 2024, no estado do Amazonas, apresentou uma redução de 29% comparada ao mesmo período entre 2022 e 2023, segundo o relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com o relatório, a área desmatada no estado foi de 1.143 km² . No balanço divulgado no ano anterior, a área desmatada foi de 1.610 km².
Dentre os estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal, o Amazonas foi o terceiro que mais apresentou redução dentro do período avaliado, atrás apenas do Mato Grosso e Rondônia. Roraima foi o único estado a apresentar aumento.
O biólogo Leonardo Paz avalia a redução de forma positiva e atribuí a redução apresentada no Amazonas a fatores como fiscalização e conscientização. Ele também ressalta que o avanço tecnológico possibilitou um monitoramento mais preciso, o que ajuda no combate ao desmatamento.
"Tem um grande fator que é a maior introdução de tecnologias que auxiliam a fiscalização e os sistemas de alerta e monitoramento, permitindo melhores planejamentos de operações para impedir o desmatamento. Também tem a aplicação de tecnologias de monitoramento desenvolvidas no Brasil, que diminui custos com equipamentos e agiliza a obtenção dos materiais", diz o especialista.
Em toda a Amazônia legal a redução no desmatamento foi de 30% aponta o levantamento do Inpe. A área desmatada na Amazônia foi de 6.288 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024.
Embora, os números apresentem redução no desmatamento, o Amazonas registrou 24.965 mil queimadas entre 1º de janeiro de 2024 até esta segunda-feira (11) e, com isso, já é considerado o pior no número de focos de calor desde 1998, quando o Inpe começou a série histórica.
Até então, o pior índice de queimadas no Amazonas tinha sido registrado em 2022, quando o estado contabilizou 21.217 focos de calor. Já em 2023, foram quase 20 mil.
O estado está e emergência ambiental por conta das queimadas. O problema também gerou uma onda de fumaça que atingiu todas as 62 cidades amazonenses, incluindo a capital Manaus. Em agosto deste ano, uma mancha de fogo com cerca de 500 quilômetros de extensão chegou a cobrir o estado.
*Fonte: G1 AM
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