Entenda impasses na votação do novo Código Eleitoral

 
Entenda impasses na votação do novo Código Eleitoral

11/06/2025



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou nesta quarta-feira (11) a votação do projeto do novo Código Eleitoral. A análise da proposta, que foi adiada pela segunda vez em menos de um mês, ficou para o dia 9 de julho.

 

Entre os impasses que impediram a votação nesta quarta, está o trecho que trata do prazo de desincompatibilização de cargos para disputa de eleições.

 

A questão foi abordada por diversos senadores, que se colocaram contra a necessidade de um prazo para que militares disputem um cargo político. O texto propõe uma "quarentena" de dois anos do cargo para que militares, juízes, policiais e membros do MP disputem as eleições.

 

Ou seja, se quiserem disputar eleições, eles terão de se afastar do cargo dois anos antes da disputa eleitoral.

 

Senadores também reclamaram que o texto não aborda nenhuma questão sobre o voto impresso.

 

Uma versão anterior do texto já foi aprovada pela Câmara em 2021, mas em razão do número de mudanças, o projeto terá de passar por uma nova análise da Câmara se for aprovado no plenário do Senado.

 

Para que as regras entrem em vigor nas eleições de 2026, o Senado e a Câmara precisam concluir a análise do projeto antes de outubro.

 

Além disso, o projeto cria uma cota de 20% de assentos para mulheres na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. Na semana passada, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se posicionou contra a medida.

 

O prazo chegou a ser reduzido por Castro, que inicialmente havia determinado que a "quarentena" fosse de quatros anos.

 

Além disso, outro item que foi alvo de críticas dos senadores foi a moderação de conteúdo nas redes sociais.

 

A proposta permite que as plataformas possam realizar a moderação de conteúdo para derrubar publicações que infringem leis ou os termos de uso das redes. Segundo o texto, essas ações não poderão ser entendidas como "controle editorial".

Cotas para mulheres


O relatório do senador Marcelo Castro (MDB-PI) alterou as regras de disputa e financiamento das candidaturas de mulheres.

O texto prevê:

  • cota de 20% das vagas para parlamentares mulheres no Legislativo (Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional)
  • cota de 30% do tempo de campanha de rádio e TV
  • cota de pelo menos 30% dos gastos de campanha para mulheres.

 

Sobre a reserva de vagas para mulheres, texto ainda prevê que, se o índice de não for alcançado, candidatos homens serão trocados por mulheres. E, se não for possível, uma nova eleição pode ser convocada.

 

O projeto também prevê que a verba eleitoral seja entregue às candidatas até dia 30 de agosto – para evitar que candidatos homens sejam privilegiados no cronograma de liberação de dinheiro.

 

O texto autoriza ainda partidos a gastar recursos de campanha para pagar babás, creches e escolas de filhos, com até seis anos de idade, de candidatas ao longo do período eleitoral.

 

*Fonte: g1 AM

 

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