Foto: Bruno Zanardo
O Amazonas apresentou uma redução de 29% no desmatamento entre agosto de 2023 e julho de 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quarta-feira (6). Os números fazem parte do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), sistema que realiza uma apuração anual sobre a perda de vegetação nos estados da Amazônia Legal.
No contexto geral, o desmatamento na Amazônia Legal chegou a 6.288 quilômetros quadrados (km²) no período, o que representa uma redução de 30,6% em comparação ao ciclo anterior (2022/2023). Este resultado marca o menor índice em 15 anos, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e a menor área desmatada desde 2015, quando foram registrados 6.207 km².
Entre os estados que registraram as melhores taxas de queda no desmatamento, Rondônia se destacou com uma redução de 62,5%, seguido pelo Mato Grosso (-45,1%). Além do Amazonas (-29%), o estado do Pará também apresentou uma queda significativa, de 28,4%. No entanto, Roraima registrou um aumento de 53% no desmatamento ao longo do último ano monitorado.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o resultado é significativo. Ela destacou que a redução acumulada nos últimos dois anos na Amazônia foi de 45%. "É uma contribuição para nós mesmos e ao mundo, no contexto em que o problema da mudança do clima é uma realidade avassaladora", disse a ministra, citando eventos climáticos extremos registrados em várias partes do mundo.
A redução no desmatamento na Amazônia Legal também evitou a emissão de aproximadamente 359 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂), gás que mais contribui para o aquecimento global, segundo o governo federal.
Enquanto organizações da sociedade civil comemoram os dados, a cobrança é para que o ritmo de redução se intensifique nos próximos anos, visando enfrentar os desafios climáticos e preservar a biodiversidade na Amazônia e em outros biomas, como o Cerrado, que também registrou queda no desmatamento pela primeira vez em quatro anos.
*Com informações da Agência Brasil
|