Foto: REUTERS/Bruno Kelly/File Photo
A Amazônia Legal encerrou 2024 com uma redução de 7% no desmatamento, mas a degradação ambiental aumentou 497%, puxada principalmente pelas queimadas de agosto e setembro do ano passado.
ENTENDA: diferente do desmatamento, que é a remoção total da vegetação para atividades como agricultura ou pecuária, a degradação ocorre quando há danos parciais na floresta. Isto é, a vegetação permanece, mas sofre impactos significativos, justamente como queimadas ou extração de madeira.
Segundo o MapBiomas, inclusive, as queimadas que encobriram diversas cidades brasileiras com fumaça em 2024 aumentaram quase 80% em relação a 2023.
Em todo o país, mais de 30 milhões de hectares foram queimados, o equivalente a uma área maior do que o estado do Rio Grande do Sul. A maior parte desse território era coberta por vegetação nativa. Este foi o pior cenário registrado desde o início do monitoramento pelo MapBiomas, em 2019.
Já em relação ao desmatamento, no ano passado, 3.739 km² de floresta foram derrubados na Amazônia Legal, menos do que os 4.030 km² registrados em 2023. Isso é uma redução de 7%.
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de 9 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão).
Comparado a 2022, o avanço foi ainda maior: uma queda de 65%, já que naquele ano a destruição atingiu 10.573 km².
Mesmo assim, o número de árvores perdidas em 2024 equivale a mais de mil campos de futebol por dia.
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto, que diferem da metodologia do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que também divulgou números no começo deste mês.
Segundo o Imazon, os satélites usados são mais refinados que os dos sistemas do governo e são capazes de detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare, enquanto os alertas do Inpe levam em conta áreas maiores que 3 hectares.
*Fonte: g1 AM
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