Apesar da queda geral nos homicídios no Brasil entre 2013 e 2023, os dados do Atlas da Violência 2025 revelam que os assassinatos de mulheres não acompanham o mesmo ritmo de redução.
No Amazonas, a situação é preocupante: foram 122 homicídios femininos apenas em 2023, um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior. A taxa estadual é de 5,9 mortes por 100 mil mulheres, bem acima da média nacional de 3,5.
A violência letal contra mulheres na região amazônica tem um recorte étnico-racial significativo. Entre as vítimas no Amazonas, 104 foram classificadas como pardas e 3 como indígenas, número que pode estar subnotificado, segundo o estudo.
Essa subnotificação ocorre porque muitas mulheres indígenas acabam registradas como pardas por falta de autodeclaração. Além disso, enquanto a taxa de homicídios femininos estimados no Brasil é 17% maior que a registrada oficialmente, o Amazonas se destaca por registrar mais assassinatos de mulheres do que os dados do sistema de saúde indicam, o que pode indicar maior efetividade na notificação, mas também mais violência real.
Região Norte
Com base nos dados do Atlas da Violência 2025, o ranking de homicídios de mulheres por estado na Região Norte, em 2023, segundo a taxa por 100 mil habitantes do sexo feminino, ficou assim: Roraima 10,4 mortes, em seguida Rondônia com 5,9, assim como o Amazonas, fechando o TOP 3.
Em quarto vem o Pará 5,2, seguido de Acre 3,8, depois Tocantins 3,2 e Amapá 3. Os três estados com as taxas mais altas, Roraima, Rondônia e Amazonas, superam significativamente a média nacional, que é de 3,5 por 100 mil mulheres.
*Fonte: Acrítica
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