Consumo no Amazonas: pesquisa indica crescimento abaixo da média nacional em 2025

 
Consumo no Amazonas: pesquisa indica crescimento abaixo da média nacional em 2025

30/05/2025



Uma nova pesquisa do anuário IPC Maps 2025 revelou que o consumo no Brasil deve alcançar R$ 8,2 trilhões ao longo deste ano, representando um crescimento real de 3,01% em relação a 2024. No entanto, o cenário é diferente para o Amazonas e para capital que devem apresentar desempenhos abaixo da média nacional.

 

Em entrevista exclusiva para a reportagem de A CRÍTICA, Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa destacou que “tanto Manaus como o estado do Amazonas terão desempenho de potencial de consumo em 2025 inferior à média nacional”. Para Manaus, o crescimento projetado é de apenas 0,33%, enquanto a média do Amazonas é de 1,66%. Essa situação não é uma exceção, pois Pazzini enfatiza que “as 27 capitais vêm perdendo participação ao longo dos últimos anos”.

 

Desafios e nova realidade


A pesquisa destaca que, apesar da elevação dos níveis de emprego formal, que tem garantido uma renda mais estável aos trabalhadores, a capital amazonense ainda enfrenta desafios significativos. O crescimento do consumo em Manaus é o único abaixo da média nacional entre os dez maiores municípios do estado, enquanto as demais cidades do Amazonas experimentaram aumentos no Índice de Potencial de Consumo (IPC Maps). Isso demonstra uma dinâmica econômica diferenciada, onde o interior do estado se beneficia de um aumento na oferta de serviços e produtos.

 

Outro ponto importante abordado pelo estudo é a mudança no perfil empresarial do Brasil, que tem sido impulsionada pelo aumento de Microempresas (MEs) em detrimento dos Microempreendedores Individuais (MEIs). Em 2025, o crescimento das MEs deve ser de 4,2%, enquanto a quantidade de MEIs permanece estável. Esse fenômeno é refletido nas capitais e regiões metropolitanas, que detêm uma fatia maior do mercado consumidor, somando 44,63% do total, enquanto o interior avança para 55,37%.

 

Segundo a pesquisa, o aumento da presença de novas empresas pode indicar um ambiente mais propício para o desenvolvimento econômico, mas Manaus ainda precisa se adaptar a essa nova realidade.

 

É notável também a ligeira queda da Região Sul na participação do consumo brasileiro, enquanto o Nordeste se destaca, agora ocupando a segunda posição em crescimento. Pazzini comenta que “a prevalecer o atual cenário de real desvalorizado, a região vai continuar atraindo turistas estrangeiros, o que será muito positivo para a economia nordestina”. Essa mudança de cenário em outras regiões do Brasil pode representar uma concorrência adicional para o Amazonas, que precisa encontrar maneiras de fortalecer seu apelo econômico.

 

Consumo e expectativas de crescimento


Os hábitos de consumo também mudaram, com os brasileiros priorizando gastos em veículos próprios, que devem somar R$ 885,9 bilhões, representando 11,7% do orçamento familiar. Essa tendência reflete uma busca por mobilidade e conforto, superando até mesmo as despesas com alimentação e bebidas no domicílio, que representam R$ 780,5 bilhões. Apesar disso, os itens básicos continuam sendo prioritários, com 25,2% dos gastos destinados à habitação e 18,7% a outras despesas.

 

A expectativa para a população do Amazonas é de que o potencial de consumo alcance R$ 602,1 bilhões, representando 7,4% do total nacional ao longo de 2025. Contudo, o desafio permanece em como transformar esses números em um crescimento sustentável e que beneficie a população local.

 

A pesquisa do IPC Maps ressalta a importância de estratégias focadas na valorização do potencial econômico do Amazonas, principalmente em um cenário onde a capital se destaca por sua rica biodiversidade e cultura.

 

*Fonte: Acrítica

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