Com quase 97% no terceiro trimestre de 2024, Amazonas registra mais de 22 mil queimadas

 
Com quase 97% no terceiro trimestre de 2024, Amazonas registra mais de 22 mil queimadas

02/10/2024



Foto: Arquivo

 

O Amazonas registrou 22.114 queimadas em nove meses de 2024, sendo que 97% desse total ocorreram nos meses de julho, agosto e setembro, totalizando 21.448 registros. Os dados são do programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

Segundo o BDQueimadas, 2024 já é o ano mais crítico em termos de focos de calor desde 1998, quando o Inpe começou a coletar dados. O estado enfrenta uma emergência ambiental em função do aumento das queimadas.

 

A situação resultou em uma onda de fumaça que afetou todas as 62 cidades do Amazonas, incluindo a capital, Manaus. Além disso, uma mancha de fogo de aproximadamente 500 quilômetros de extensão se espalhou pelo estado. 

 

Em 2024, agosto foi o pior mês até agora, com 10.328 queimadas, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Julho também teve um impacto alarmante, apresentando 4,2 mil focos de calor, o maior número em 26 anos.

 

Em setembro, os dados do Inpe indicam 6.979 queimadas, tornando-se o terceiro pior mês desde 2022. No mesmo período daquele ano, o estado registrou 8,6 mil focos de calor.

 

Dados inéditos, obtidos com exclusividade pelo Jornal Hoje em parceria com o Observatório do Clima (OC), revelam que os recordes de queimadas na região resultaram na emissão de 31 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

 

Nos últimos dias, o Amazonas tem enfrentado temporais e chuvas fortes em várias regiões do estado. Na capital, a combinação de tempo seco e altas temperaturas deu lugar a condições mais amenas. Como resultado, o número de focos de calor também diminuiu.

 

O Amazonas enfrenta uma seca severa, agravando a situação das queimadas devido à combinação de clima seco e altas temperaturas. Até esta segunda-feira (30), a Defesa Civil do estado informou que quase 750 mil pessoas estão sendo afetadas pelo fenômeno, um número já superior ao registrado durante a estiagem do ano passado.

 

Em Manaus, o Rio Negro está a menos de um metro da marca histórica de seca registrada em 2023. Nesta terça-feira (1º), o nível do rio foi medido em 13,05 metros, 35 centímetros acima da cota mais baixa já registrada em 121 anos de monitoramento, que foi de 12,70 metros.

 

A cidade está em situação de emergência devido à queda do nível do rio, um afluente do Rio Amazonas. A praia da Ponta Negra, o principal balneário local, foi fechada para banho por causa da baixa profundidade. No Porto da capital, o surgimento de bancos de areia alterou a paisagem. Além disso, a cidade pode enfrentar escassez de peixes.

 

*Fonte: Agência Brasil

Compartilhe

<p>Com quase 97% no terceiro trimestre de 2024, Amazonas registra mais de 22 mil queimadas</p>

 
Galeria de Fotos
 







Copyright © 2021 O Contestador. Todos os Direitos Reservados.
Desenvolvido por ARTPAGES.COM.BR