Centro de pesquisas apoia recuperação de áreas desmatadas na Amazônia

 
Centro de pesquisas apoia recuperação de áreas desmatadas na Amazônia

06/06/2025



A Amazônia Legal ganhou um centro inédito dedicado à recuperação de ecossistemas desmatados e degradados. Coordenado pela Embrapa, o Centro Avançado em Pesquisas Socioecológicas para a Recuperação Ambiental da Amazônia, batizado de Capoeira, reúne mais de 100 pesquisadores de 33 instituições do Brasil e do exterior, entre universidades, órgãos governamentais, ONGs, empresas privadas e coletivos locais. O projeto foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no âmbito do edital Centros Avançados em Áreas Estratégicas para o Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica, o Pró-Amazônia, e contará com investimento de R$ 14 milhões.

 

O Capoeira terá um hub na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA), e deve atuar de forma virtual integrando instituições, laboratórios e grupos de pesquisa em estudos socioeconômicos, ecológicos e bioculturais na região. “Atualmente, há grupos de pesquisa, redes colaborativas e comunidades locais empenhados na recuperação dos ecossistemas amazônicos. A proposta do Capoeira é ir além da produção de ciência de excelência, buscamos também articular e promover uma transformação positiva na região, substituindo a cultura da destruição pela da restauração”, pontua Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa e coordenadora do centro.

 

Desmatamento e degradação


O nome Capoeira é uma referência à vegetação que cresce em uma área que foi anteriormente desmatada, chamada de vegetação secundária. A Amazônia já perdeu 18% (846.000 km²), de acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa área equivale a quase a totalidade do estado de Mato Grosso.

 

Além do desmatamento, a degradação também é uma ameaça às funções vitais da floresta e vetor das mudanças climáticas, de acordo com os cientistas do Centro. Uma área de pelo menos 370 mil km² da Floresta Amazônica (um pouco maior que a área total da Alemanha, por exemplo) já foi degradada por incêndios florestais, extração madeireira e fragmentação florestal.

 

Esses distúrbios geram emissões massivas de gases de efeito estufa, perda de biodiversidade, alteração no regime de chuvas e aumento de doenças e conflitos socioambientais.

 

Os pesquisadores vão analisar dados de mais de 100 sítios de estudo em diferentes estados da Amazônia Legal. As áreas correspondem a iniciativas de restauração em locais com florestas secundárias, florestas primárias degradadas, áreas com Sistemas Agroflorestais e restauração de sistemas aquáticos.

 

Nesses locais, serão avaliados estoques ou incremento de carbono, recuperação da biodiversidade, resultantes do tipo de restauração aplicado. As iniciativas de restauração podem envolver regeneração natural da vegetação; regeneração natural assistida (quando se enriquece a área com plantios de espécies nativas e outras práticas de manejo); e regeneração por meio de plantio total ou semeadura direta, quando a cobertura do solo já é praticamente inexistente.

 

Fonte: D24am

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