A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira (16) que será obrigatória a retenção de receita médica para venda de medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares, que são usados para o emagrecimento.
Atualmente, esta categoria de medicamentos classificada com a tarja vermelha só deveria ser comercializada com a apresentação da receita. Na prática, é comum que ela não seja exigida e, por isso, clientes sem o documento conseguem comprar os medicamentos.
Atualmente, mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo. No Brasil, 56% dos adultos têm obesidade ou sobrepeso. O problema é um desafio de saúde global e há poucas opções farmacológicas para ele.
A doença é multifatorial e envolve questões genéticas, sociais, culturais, econômicas e ambientais. A obesidade está associada a complicações como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, doença hepática gordurosa não alcoólica e reduz a expectativa de vida.
Estudos recentes mostram que a perda de peso com medicamentos está se aproximando de magnitudes próximas àquelas alcançadas com a cirurgia bariátrica.
Segundo a Novo Nordisk, fabricante dos remédios à base de semaglutida, a maioria dos eventos tem gravidade leve a moderada e acontece de forma transitória, ou seja, dura dias ou poucas semanas).
A importância do acompanhamento médico durante o tratamento
Médicos destacaram a importância do acompanhamento nutricional e médico durante o uso de inibidores de apetite, assim como a orientação de consumo de proteínas numa quantidade adequada durante o uso desses medicamentos.
A diretora da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), Cynthia Valério, informa que o consumo adequado de proteínas garante que a perda de peso seja mais sustentável no longo prazo.
“O uso recreativo ou estético das medicações - pessoas que fazem reduções drásticas e bruscas do aporte de proteínas e que muitas vezes são sedentárias – gera um impacto na composição corporal pode ser até catastrófico. As pessoas ficam realmente desnutridas, com uma perda de massa muscular importante”, alerta a médica.
*Fonte: g1
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