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Em 2024, o Amazonas registrou 49.263 casos de malária, conforme dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). O boletim epidemiológico, que contempla o período de janeiro a setembro, revela um cenário de continuidade da doença, com destaque para o aumento dos casos entre os meses de junho e outubro.
O mês de agosto foi o mais crítico, com 6.591 novos casos diagnosticados. A espécie parasitária mais comum no estado é o Plasmodium vivax, responsável por 84,4% dos casos. A doença continua a afetar especialmente áreas rurais, que concentram 43,5% das notificações, e regiões indígenas, com 40,4% dos registros.
De acordo com Elder Figueira, diretor de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, a malária no Amazonas apresenta uma forte sazonalidade, com um pico de ocorrências durante o período entre junho e outubro. O enfrentamento da doença é intensificado por meio de programas de controle e eliminação da malária, que envolvem a entrega de equipamentos aos 62 municípios do estado. Em 2024, foram enviados para os municípios 20 pickups, 45 motocicletas, 321 bombas de borrifação, 120 microscópios e 480 balanças para combater a doença e outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.
Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS-RCP, reforça a importância da prevenção: “Damos transparência aos dados e reforçamos a prevenção. Diante do diagnóstico positivo, iniciar o tratamento de forma imediata”. A malária, que pode afetar a mesma pessoa mais de uma vez, exige vigilância contínua e ações preventivas para conter sua disseminação.
A malária é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo parasita Plasmodium. Os sintomas incluem febre alta, calafrios, dores musculares, taquicardia e aumento do baço. Em casos de suspeita, é fundamental procurar uma unidade de saúde para diagnóstico.
Além dos tratamentos médicos, a população pode adotar medidas preventivas como o uso de mosquiteiros, roupas protetoras, telas em portas e janelas e o uso de repelentes. O esforço coletivo continua sendo crucial para controlar e reduzir os impactos da doença no estado.
*Com informações da Secom
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