16/11/2024

Foto: Bruno Kelly

Um estudo do Programa de Monitoramento da Qualidade de Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS), coordenado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), revelou que a água do Rio Negro não deve ser consumida sem tratamento devido à presença de bactérias relacionadas a infecções intestinais. 

Segundo o coordenador do projeto, Prof. Dr. Sergio Duvoisin Junior, a quarta expedição do programa identificou pequenas quantidades de coliformes termotolerantes na água. Ele afirma que não pode ocorrer ingestão da água natural pela população por conta da presença de pequenas quantidades de coliformes termotolerantes, sendo bactérias relacionadas a infecções intestinais. Entretanto, esse problema pode ser solucionado com o tratamento básico de hipoclorito.

Ainda assim, o estudo constatou que o Rio Negro continua apropriado para banhos, sendo uma ótima opção para lazer. Além disso, a pesquisa detectou 13 tipos de metais solúveis e 15 tipos de metais em suspensão, mas nenhum traço de mercúrio, o que diferencia o Rio Negro de outros, como o Madeira.

Novo índice para análise da água

Para facilitar a avaliação da qualidade da água, a UEA desenvolveu o Índice de Qualidade para Rios de Águas Negras da Região Amazônica. O índice, que está em fase de aprovação pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CEHR), considera as particularidades das águas negras, brancas e cristalinas presentes na região.

A ferramenta, segundo o coordenador, “é muito poderosa para solucionar os problemas da qualidade do rio. Então, devemos passar isso para a gestão pública”.

Sobre o ProQAS

O ProQAS, atualmente com 15 projetos em andamento, monitora a qualidade do ambiente amazônico. A iniciativa é financiada pela Fapeam, Ipaam e Secretaria do Meio Ambiente, consolidando a UEA como referência em monitoramento ambiental e formação acadêmica.

*Fonte: UEA